Provisório permanente: na arquitetura da falta, tudo tem serventia

Fotogaleria de Custodio Coimbra registra a precariedade de habitações, com chão de terra e paredes de tapumes, em comunidades do Rio de Janeiro: o provisório se faz definitivo e o temporário, permanente.

Por Custodio Coimbra | ODS 10 | [tempo_leitura]
• Publicada em 8 de julho de 2020 - 09:13   • Atualizada em 20 de julho de 2020 - 14:47

Investimento do governo federal com crianças e adolescentes não chega a R$ 4 por dia, menos do que uma passagem de ônibus. Foto Custódio Coimbra

O chão é de terra, tapumes servem de parede. Nas portas e janelas, papelão. E no teto, amianto. Em um único cômodo, sofá, cama, geladeira, fogão, televisão divididos por panos. Do 3 em 1, soa música gospel. Outras vezes, um samba. Na precariedade, o capricho é o detalhe. Um quadro de Nossa Senhora se equilibra sob o retalho florido, uma paisagem de montes nevados acende a imaginação. Na arquitetura da falta, tudo tem serventia, presente ou futuro. O provisório se faz definitivo e o temporário, permanente. São os mais visíveis dos invisíveis.

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Custodio Coimbra

Fotógrafo de imprensa há 36 anos, Custodio Coimbra, 61 anos, passou pelos principais jornais do Rio e há 25 anos trabalha no jornal O Globo. Nascido no Rio de Janeiro, é hoje um artista requisitado entre colecionadores do mercado de fotografia de arte. Além de fotos divulgadas em jornais e revistas mundo afora, participou de dezenas de mostras coletivas no Brasil e no exterior. Tem sua obra identificada com a história e a paisagem do Rio de Janeiro.

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